30 setembro 2015

OBJETIVOS GLOBAIS

Como Esse Lindo Design Está Provocando Mudanças Mundiais Para As Massas

Texto original publicado, em inglês, no site Good


 Fonte: GOOD
Legenda: 1) Sem pobreza; 2) Fome zero; 3) Boa saúde e bem-estar; 4) Educação de qualidade; 5) Igualdade de gênero; 6) Água limpa e saneamento; 7) Energia acessível e limpa; 8) Trabalho digno e crescimento econômico; 9) Indústria, inovação e infraestrutura; 10) Menos desigualdades; 11) Cidades e comunidades sustentáveis; 12) Consumo e produção responsável; 13) Ação climática; 14) Vida marinha; 15) Vida terrestre; 16) Instituições sólidas de paz e justiça; 17) Parceria pelos objetivos / OS OBJETIVOS GLOBAIS - Pelo Desenvolvimento Sustentável.

Espera-se que mais de 150 líderes mundiais participem do Sustainable Development Summit da ONU, desse final de semana* na sede das Nações Unidas, na cidade de Nova York (*post publicado em 24/09/2015). Esses líderes adotarão formalmente sua lista de tarefas pelo planeta – uma ordem decisiva em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com a intenção de estimular a comunidade internacional a agir e resolver alguns dos maiores problemas do mundo, até 2030.
É uma lista longa, com 17 objetivos escritos em linguagem geopolítica densa. A verdadeira mobilização significa comunicar esse plano, com clareza e objetividade, para o maior número de pessoas. Mas como fazer isso quando há divisões transculturais, barreiras de linguagem e 757 milhões depessoas ao redor do mundo que não sabem ler ou escrever?
Surge então, Jakob Trollbäck, um designer gráfico e diretor executivo de criação da empresa de design e marcas Trollbäck + Company. Pouco mais de um ano atrás, Trollbäck recebeu a tarefa, das mãos de Richard Curtis - fundador do ProjectEveryone, de fazer a marca para o Global Goals (Objetivos Globais) para que ela ficasse famosa - tão famosa que qualquer pessoa no Planeta Terra pudesse vê-la e entendê-la.  
Assim, o trabalho de Trollbäck é, essencialmente, comunicar a um nível além da língua. Isso é especialmente apropriado, sendo que o principal motivo de muitos problemas sendo enfrentados pelos ODS é o analfabetismo global. Sem a capacidade de ler ou escrever, pessoas de todos os lugares são mais propensas ao crime, mortalidade infantil, desigualdade de gênero, pobreza e doenças.
Embora ele ache que todos os objetivos são importantes, Trollbäck diz que, “De certa forma, tudo começa com o ‘Objetivo 4: Educação de Qualidade’. Uma sociedade civilizada, inteligente e humana só pode ser construída com educação. Ela cria discernimento e empatia e impede a intolerância e o abuso.  É só olhar para a forma sistemática que o Talibã e o Estado Islâmico estão tentando erradicar a educação para entender o que está em jogo.” E pode ser por isso que a ONU tem sido tão ambiciosa em relação a um dos alvos que o Objetivo 4 precisa atingir: “Até 2030, garantir que todos os jovens e uma proporção substancial de adultos, homens e mulheres, obtenham literacia e numeracia.”
É um objetivo complicado que organizações como o Project Literacy já estão combatendo, e que exigirá compromisso de pessoas do mundo todo para ser alcançado. O Passo 1 precisa alcançar indivíduos analfabetos em relação às suas opções, de forma direta e imediatamente compreensível. É por isso que uma campanha de conscientização desse tamanho é tão importante – ao veicular anúncios em rádio e no cinema, obter kits de material para educadores e outras ações surpreendentes, o Project Everyone tem uma chance real de alcançar a todos, não importam as circunstâncias.
A criação de uma iconografia de entendimento universal tem sido um processo longo e delicado. Para Trollbäck, foi como uma negociação, conforme ele e a ONU estreitaram os objetivos de forma cada vez mais clara. Desde o começo, ele diz, “Houve um consenso unânime que era algo muito grande. Havia uma pressão imensa em representar os objetivos de uma forma mais palpável.” Trollbäck e equipe tentaram agrupar objetivos semelhantes juntos, por cor ou tema, mas acabaram definindo que categorias abstratas eram evasivas. O melhor caminho adiante foi permitir que cada objetivo fosse representado individualmente através de uma mensagem visual clara que, literalmente, qualquer um pudesse entender.
“A primeira vez que apresentei os ícones - embora alguns eram certamente temporários - foi como uma revelação para todo mundo, mesmo para os líderes na ONU, que já haviam notado toda a complicação em função da negociação, e também que 17 objetivos era um número beirando o ridículo. Todos os envolvidos ficaram imediatamente animados com o projeto – tipo, ok, podemos fazer isso.”
Certamente tem sido uma tarefa intensa – mas muito válida, afirma Trollbäck. “Antes desse projeto, estive no prédio da ONU uma vez, como turista, há 20 anos.  Entrar lá e ganhar uma placa com meu nome, foi extraordinário... Não vou dizer que nosso trabalho aqui vai salvar o mundo sozinho, mas [sempre que a pressão do trabalho quase nos esmagava], eu dizia, ‘Vai acontecer o seguinte. Seus filhos pedirão para que conte a história novamente. A história de quando você salvou o mundo!’ Você está fazendo isso para eles.”



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