11 setembro 2015

AME-SE

3 Coisas para Lembrar Quando Você Não Conseguir Parar de Se Autocriticar

Texto original publicado, em inglês, no site EverydayFeminism

 
Fonte: Pixabay

Na última semana, ouvi muitas pessoas verbalmente atacando a si próprias. O que não me surpreende, sendo que ouço isso com muita frequência.
“Me sinto um idiota por ter feito aquilo” ou “Sinto que fiz escolhas muito ruins” é o que eu sempre escuto – repetidamente – do outro lado da linha.
Queremos honrar todos os sentimentos que temos, mesmo aqueles horríveis, mas isso é saudável apenas se pararmos de nos julgar por qualquer sentimento que tivermos.
É mais ou menos como Confúcio disse:  “Ser injustiçado não significa nada a não ser que você continue a se lembrar disso.”
Permitir-se ser você mesmo é difícil, mas é também possível.
Aqui estão algumas técnicas para ajudá-los com isso.

1. E daí? 

Haverá um momento em que você estará conversando com um amigo, ou talvez esteja na cama, revivendo o evento que te deixou deprimido, e a conversa sai do controle.
Você se afunda tanto em frustração e desgosto total por si próprio que, mais cedo ou mais tarde, começa a rapidamente listar motivos para estar decepcionado consigo mesmo.
“Tenho 33 anos e não tenho estabilidade financeira, não estou namorando, não tenho filhos, não sou feliz, não estou satisfeita, não tenho certeza do que quero para minha vida."
E quando percebe, você está aninhado na cama e assiste, em dois dias, cinco temporadas inteiras de qualquer série do Netflix, apenas se levantando para fazer mais café ou atender o entregador de comida na sua porta.
Mas não é preciso chegar nesse ponto.
Os momentos em que você começa a se criticar são aqueles em que você pode escolher continuar sendo você, até que esteja ainda mais exausto e irritado consigo mesmo, ou você pode simplesmente olhar no espelho e dizer, “E daí?”
“Sim, me senti mal por não ter ligado para o meu amigo no seu aniversário, mas e daí?” “Sim, acabei transando com alguém que tinha prometido a mim mesmo que não iria mais ver, mas e daí?” “Sim, permaneci num relacionamento mais tempo que deveria, mas e daí?"
E daí?
O que está feito, está feito.
Tudo que podemos fazer agora é aceitar os nossos atos e vê-los, não como reflexos de quem somos, mas como símbolos do que ainda precisamos aprender.
Quando você começar a não querer se ajudar, pare e diga a si mesmo, "E daí?" Eu fiz o que fiz. Tudo bem. O que está feito, está feito. Agora me dou uma oportunidade de aprender. O que esse acontecimento, que perturbou a minha vida, está tentando me ensinar?”

2. O Passado Já Passou

Em vez de olhar para o passado como algo que continua, pense nele como algo que para.
O hoje não é uma continuação de ontem. É algo completamente novo.
O hoje é o seu próprio dia. Porque quando esse dia passa, ele nunca acontece de novo.
Muitos dos motivos pelos quais não gostamos de nós mesmos como somos tem a ver com coisas que aconteceram ontem, anteontem, na semana passada, no mês, ano ou década passada.
Mas como seria a sua vida se você só tivesse o hoje?
Qual seria o seu foco? O que você faria diferente?
Steve Jobs disse, “Lembrar-me de que morrerei em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões na vida."
Ás vezes, a forma de nos libertarmos é lembrar que isso é tudo que temos.
Se você tivesse apenas trinta dias para viver, o que faria?
Gostaria de ser mais gentil e amoroso consigo mesmo? Gostaria de tentar algo que nunca fez antes? Talvez você gostaria de ler aqueles quinze livros que sempre disse que leria.
O fato é: Nossas vidas estão acontecendo agora, o que significa que podemos esquecer a dor e a raiva que temos por nós mesmos e nos concentrar no que podemos fazer, agora, para melhorar as nossas vidas.

3. Veja os Contratempos Como Maneiras de Praticar a Autocompaixão 

Mark R. Leary, um professor de Psicologia da Duke University, descobriu que pessoas que possuem autocompaixão são capazes de amar a si próprios, apesar de seus fracassos e ver os contratempos como parte normal da condição humana.
A autocompaixão nos ajuda a eliminar a raiva e a depressão associada ao que consideramos erros e contratempos. 
Pense na prática da autocompaixão como olhar-se no espelho como se fosse uma criança. Trate-se com o mesmo carinho que trataria os seus sobrinhos.
Pratique esse tipo de compaixão, meditando por cinco ou dez minutos por dia ou ficando em silêncio consigo mesmo. Você está se aceitando como é, no momento.
Você não precisa ser nada mais ou menos do que é agora.

***

Tire um minuto para pensar em como sua vida seria se você se permitisse sentir o que quiser, sem ficar triste consigo mesmo por isso.
Quando comecei essa prática, a paisagem da minha vida mudou.
Todos cometemos erros, fracassamos e tomamos decisões erradas, em algum momento.
Mas se internalizarmos os acontecimentos e nos julgarmos por um casamento fracassado, uma nota ruim ou uma oportunidade perdida, nunca superaremos esses padrões negativos de autoavaliação.
Contratempos acontecem, mas usá-los para enriquecer as nossas vidas é o que nos ajuda a ir em frente.

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