3 Coisas para
Lembrar Quando Você Não Conseguir Parar de Se Autocriticar
por Cynthia Kane
Texto original publicado, em inglês, no site EverydayFeminism
Fonte: Pixabay
Na última semana, ouvi muitas pessoas
verbalmente atacando a si próprias. O que não me surpreende, sendo que ouço
isso com muita frequência.
“Me sinto um idiota por ter feito
aquilo” ou “Sinto que fiz
escolhas muito ruins” é o que eu sempre escuto – repetidamente – do
outro lado da linha.
Queremos honrar todos os sentimentos que temos, mesmo
aqueles horríveis, mas isso é saudável
apenas se pararmos de nos julgar por qualquer sentimento que tivermos.
É mais ou menos como Confúcio disse:
“Ser injustiçado não significa nada a não ser que você continue a se lembrar
disso.”
Permitir-se ser você mesmo é difícil,
mas é também possível.
Aqui estão algumas técnicas para
ajudá-los com isso.
1. E daí?
Haverá um momento em que você estará
conversando com um amigo, ou talvez esteja na cama, revivendo o evento que te
deixou deprimido, e a conversa sai do controle.
Você se afunda tanto em frustração e
desgosto total por si próprio que, mais cedo ou mais tarde, começa a
rapidamente listar motivos para estar decepcionado consigo mesmo.
“Tenho 33 anos e não tenho
estabilidade financeira, não estou namorando, não tenho filhos, não sou feliz,
não estou satisfeita, não tenho certeza do que quero para minha vida."
E quando percebe, você está aninhado na cama e assiste, em dois dias, cinco temporadas inteiras de qualquer
série do Netflix, apenas se levantando para fazer mais café ou atender o
entregador de comida na sua porta.
Mas não é preciso chegar nesse ponto.
Os momentos em que você começa a se criticar
são aqueles em que você pode escolher continuar sendo você, até que esteja
ainda mais exausto e irritado consigo mesmo, ou você pode simplesmente
olhar no espelho e dizer, “E daí?”
“Sim, me senti mal por não ter ligado
para o meu amigo no seu aniversário, mas e daí?” “Sim, acabei transando com
alguém que tinha prometido a mim mesmo que não iria mais ver, mas e daí?” “Sim,
permaneci num relacionamento mais tempo que deveria, mas e daí?"
E daí?
O que está feito, está feito.
Tudo que podemos fazer agora é aceitar os nossos atos e vê-los, não como reflexos de quem somos, mas como símbolos
do que ainda precisamos aprender.
Quando você começar a não querer se
ajudar, pare e diga a si mesmo, "E
daí?" Eu fiz o que fiz. Tudo bem.
O que está feito, está feito. Agora me dou uma oportunidade de aprender. O que
esse acontecimento, que perturbou a minha vida, está tentando me ensinar?”
2. O Passado Já Passou
Em vez de olhar para o passado como
algo que continua, pense nele como
algo que para.
O hoje não é uma continuação de
ontem. É algo completamente novo.
O hoje é o seu próprio dia. Porque
quando esse dia passa, ele nunca acontece de novo.
Muitos dos motivos pelos quais não
gostamos de nós mesmos como somos tem a ver com coisas que aconteceram ontem,
anteontem, na semana passada, no mês, ano ou década passada.
Mas como seria a sua vida se você só
tivesse o hoje?
Qual seria o seu foco? O que você
faria diferente?
Steve Jobs disse, “Lembrar-me de que morrerei em breve é a
ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes
decisões na vida."
Ás vezes, a forma de nos libertarmos
é lembrar que isso é tudo que temos.
Se você tivesse apenas trinta dias
para viver, o que faria?
Gostaria de ser mais gentil e amoroso
consigo mesmo? Gostaria de tentar algo que nunca fez antes? Talvez você
gostaria de ler aqueles quinze livros que sempre disse que leria.
O fato é: Nossas vidas estão
acontecendo agora, o que significa
que podemos esquecer a dor e a raiva que temos por nós mesmos e nos concentrar
no que podemos fazer, agora, para melhorar as nossas vidas.
3. Veja os Contratempos Como Maneiras
de Praticar a Autocompaixão
Mark R. Leary, um professor de
Psicologia da Duke University, descobriu que pessoas que possuem autocompaixão são capazes de amar a si próprios, apesar de seus fracassos e ver os contratempos como parte normal da
condição humana.
A autocompaixão nos ajuda a eliminar
a raiva e a depressão associada ao que consideramos erros e contratempos.
Pense na prática da autocompaixão
como olhar-se no espelho como se fosse uma criança. Trate-se com o mesmo
carinho que trataria os seus sobrinhos.
Pratique esse tipo de compaixão,
meditando por cinco ou dez minutos por dia ou ficando em silêncio consigo
mesmo. Você está se aceitando como é, no momento.
Você não precisa ser nada mais ou
menos do que é agora.
***
Tire um minuto para pensar em como
sua vida seria se você se permitisse sentir o que quiser, sem ficar triste
consigo mesmo por isso.
Quando comecei essa prática, a
paisagem da minha vida mudou.
Todos cometemos erros, fracassamos e
tomamos decisões erradas, em algum momento.
Mas se internalizarmos os acontecimentos
e nos julgarmos por um casamento fracassado, uma nota ruim ou uma oportunidade
perdida, nunca superaremos esses padrões negativos de autoavaliação.
Contratempos acontecem, mas usá-los
para enriquecer as nossas vidas é o que nos ajuda a ir em frente.

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