26 outubro 2015

DICAS PARA MELHORAR O TRABALHO EM CASA

Como manter a sua sanidade trabalhando em casa

Texto original publicado, em inglês, no site Attn:

Fonte: Pixabay

Jornalistas freelancers, programadores autônomos, empreiteiros independentes, planejadores de eventos, artistas e funcionários de empresas que permitem o trabalho remoto, estão todos na lista: cada vez mais pessoas estão criando e divulgando seus serviços e trabalhando no conforto de suas casas.
De acordo com dados do Global Workplace Analytics, em 2013, 2,8 milhões de autônomos consideram suas casas como principal local de trabalho. Ainda, 3,3 milhões de funcionários também consideramsuas casas como principal local de trabalho, excluindo trabalhos voluntários. De 2005 a 2012, o trabalho remoto aumentou em 79 por cento e é provável que isso esteja relacionado aos avanços em telecomunicações, computação em nuvem e tecnologia móvel, bem como às mudanças nas políticas de local de trabalho, percepções em transformação e à realidade de uma força de trabalho globalizada.
Uma parceria entre a Universidade de Stanford e a maior agência de viagens da China, a Crip, realizou um experimento com 250 trabalhadores – metade deles trabalhando no escritório e a outra metade em casa. Resultados notáveis incluem funcionários remotos, que trabalharam 9,5 por cento a mais do que os funcionários no escritório, e foram 13 por cento mais produtivos.
O estereótipo de funcionários que trabalham em casa está mudando do pai ou mãe que trabalha remotamente para o jovem escritor de 20 e poucos anos. O típico funcionário remoto está nos seus 40 anos, ganhando cerca de 58.000 dólares por ano,trabalhando para uma empresa com mais de 100 funcionários.
Funcionários que trabalham em casa podem economizar, para as empresas, em índices de retenção, despesas gerais de escritório e produtividade perdida com dias de licença médica. Embora esse seja um exemplo de como a economia está mudando e continuará a mudar, essa transformação vem com desafios inesperados que surgem com o trabalho remoto.
Sim, seus amigos, inseridos na cultura do cubículo no arranha-céu da empresa, podem te olhar levemente atravessado e com inveja, naquele happy hour, enquanto todo mundo está falando de trabalho. Porém, fora da cultura tradicional do escritório, onde a mentalidade de “horas de trabalho” começa no transporte diário, pode ser um desafio estabelecer aqueles mesmos limites necessários.

Existem benefícios reais.
Trabalhar em casa pode ter um bom custo-benefício, economizar tempo no transporte até o trabalho e facilitar um equilíbrio melhor entre trabalho e vida pessoal.
O fator de equilíbrio entra em jogo.
Fazer negócios onde você mora pode ser um jogo mental incrivelmente desafiador. As distrações ganham forma de louça e aquela segunda maquinada de roupas para lavar, e o pó que sempre parece se acumular em cima das prateleiras. A produtividade pode ser esquecida naquela malhação mais longa no meio do dia ou ao levar o cachorro para mais uma caminhada ou preparar o jantar daquela noite. Basicamente, cada tarefa da vida adulta, que você nunca quer fazer no fim de semana, se torna uma atividade de distração primordial.
Se isso descreve a luta real com que você lida, então é hora de mudar o ambiente. E, se você irá passar mais tempo trabalhando, então você precisa prestar muita atenção ao espaço físico de trabalho, antes que mais hábitos prejudiciais ou distrações comecem a se desenvolver.
Antes que você comece a mudar as coisas, avalie quais são as suas tarefas e necessidades diárias. Considere as seguintes perguntas:
·         Quais materiais você precisa ter por perto?
  • ·         Que tipos de ambientes te deixam calma e engajada?
  • ·         Você receberá visitas de clientes no seu espaço?
  • ·         Você pretende realizar conferências em vídeo no seu espaço?

5 maneiras de mudar a configuração do seu escritório:

1. Aposte no verde
Plantas, além da sua qualidade estética, na verdade podem estimular a capacidade demanter atenção concentrada. Traga o ambiente externo para dentro e permita que a natureza relembre que o mundo é muito maior e mais bonito que aquela temida planilha a ser novamente atualizada.
Adicione algumas folhagens, com plantas que não exijam muitos cuidados. Por exemplo, babosa, planta-jade, lírio da paz e barba de serpente são tipos fáceis e que não exigem muita irrigação diária. Algumas plantas ainda melhoram a qualidade do ar dentro do seu escritório, como a samambaia, com suas folhagens longas ou as folhas viçosas e flores brancas do lírio da paz. 

2. Abra a janela
Iluminaçãoimporta. Por algum motivo, simplesmente faz sentido encaixar os cantos de uma mesa nos cantos de uma parede, como se fosse um jogo de Tetris do home office. Entretanto, a ausência de iluminação natural pode ser prejudicial para o fluxo e a satisfação do trabalho. Posicione o espaço de trabalho paralelo às janelas, para que a luz natural e o fluxo de ar cheguem até você, permitindo também uma vista para longe do computador quando precisar de um descanso. Situe o espaço de forma a evitar o brilho intenso da luz solar e para que você não se distraia pelo ambiente externo.
Mesmo que o seu escritório esteja perto da luz natural, é essencial investir em iluminação adequada para a noite e dias nublados. A ergonomia entra em ação com instalações de luz que oferecem um redutor de luminosidade, para que você possa controlar a quantidade de luz necessária.
Lembre-se de não fixar luzes logo acima da sua área de trabalho para reduzir o brilho intenso e evitar a fadiga ocular.

3. Armazenamento inteligente
Dependendo do seu trabalho, talvez você precise de equipamentos volumosos e nada atraentes. Se a impressora/máquina de fax te dá calafrios cada vez que você passa por ela, considere instalar o equipamento num pequeno armário próximo. Talvez um equipamento pequeno caiba dentro de uma estante, onde você também pode guardar materiais, livros técnicos e cópias impressas necessárias.

4. Doces aromas
Talvez não haja nada pior, num escritório lotado, que o cheiro das sobras de comida que o seu vizinho trouxe para o almoço e deixou na mesa por horas, ou talvez o perfume fortíssimo daquele colega, que domina o seu espaço quando ele passa e se recusa a ir embora.
Então, na verdade, você deveria se parabenizar. No seu espaço de trabalho você controla a maioria dos aromas. Acenda uma vela com um aroma neutro e relaxante – lavanda ou baunilha. Se você está preocupado em não botar fogo no seu computador, considere ligar uma vela elétrica. Caso você goste de incenso, acenda um na sala, mas longe da sua mesa para que não domine seus sentidos.

5. Colorir para ser feliz
Ascores provocam um impacto psicológico no corpo. Cores suaves podem acalmar e os tons intensos podem energizar. Se você puder mudar a cor das paredes do seu escritório, pense duas vezes antes de espirrar qualquer amostra de tinta. Considere combinar uma cor forte, como o amarelo (que atrai atenção, mas pode provocar ansiedade), vermelho (enérgico e também produz sensações fortes) ou roxo (um estimulante da imaginação) com um tom neutro e confortável que não causará distrações, como branco, marfim, bege ou cinza. Evite os tons calmantes e frios de azul, verde-claro e violeta. Essas cores podem ser tão relaxantes que tornam o local de trabalho mais frios, sendo melhores para provocar sono em vez de produtividade.

Design interior essencial.
Faça com que o seu escritório em casa funcione para você, invista em algumas peças de qualidade que alegrem o espaço e permitam menos distrações. Ferramentas ergonômicas, como determinadas cadeiras, descansos de pés e pulsos e mesas ajustáveis podem provocar grandes mudanças. Lembre-se de formar um espaço aconchegante com algo que ajude a ler, relaxar e recarregar as energias.


23 outubro 2015

O PODER DA MÚSICA



11 problemas que podem ser resolvidos pela música

Texto original publicado, em inglês, no site Mental Floss

 Fonte: Pixabay

Música é uma coisa magnífica. Ela pode te animar quando você estiver triste, te fazer dançar como um bobo e permitir que você escape desse mundo quando precisar. Mas a música também tem propósitos científicos. O documentário Alive Inside descreve como pacientes com demência reagem de forma positiva ao receber iPods repletos de suas antigas músicas favoritas. Parece que a música os ajuda “a ganhar vida” novamente. Ao ouvir músicas conhecidas, muitos dos pacientes do documentário conseguiram cantar junto, responder perguntas sobre o passado e, até mesmo, se engajar numa conversa com outras pessoas.
“A música fica impressa no cérebro de forma mais profunda que qualquer outra experiência humana,” diz o neurologista Oliver Sacks, que aparece no filme. “A música provoca emoção e a emoção pode trazer junto a memória.”
O documentário segue estudos recentes que demonstram que a música pode melhorar as memórias de pacientes com demência e, até mesmo, auxiliar no desenvolvimento de novas memórias.
Veremos aqui outros aspectos que a música é capaz de “curar”:

1. Baixo Peso de Nascimento
Geralmente, bebês prematuros precisam ficar mais tempo no hospital para que ganhem peso e força. Para auxiliar nesse processo, muitos hospitais recorrem à música. Uma equipe de pesquisadores canadenses descobriu que tocar música para prematuros reduziu seus níveis de dor e promoveu melhores hábitos alimentares, o que por sua vez, ajudou no ganho de peso. Hospitais utilizam instrumentos musicais para imitar o som da batida do coração e do útero da mãe, para que bebês prematuros fiquem calmos e durmam. Os pesquisadores também dizem que tocar um Mozart calmante para bebês prematuros reduz, consideravelmente, a quantidade de energia gasta, permitindo que eles ganhem peso.
Faz “você pensar se as unidades de tratamento intensivo neonatais não deveriam considerar a exposição à música como prática padrão para bebês em risco,” diz o Dr. Nestor Lopez-Duran, para o site child-psych.org.

2. Plantas Murchas
Se a música ajuda no crescimento de bebês, será que ela pode fazer o mesmo pelas plantas? Dorothy Retallack diz que sim. Ela escreveu um livro, em 1973, chamado The Sound of Music and Plants (O Som da Música e as Plantas, em tradução livre), que descreve os efeitos damúsica no crescimento de plantas. Retallack tocou rock para um grupo de plantas e músicas mais calmas para outro grupo idêntico. No final do estudo, as plantas expostas à música calma tinham tamanho uniforme, estavam cheias e verdes e estavam até um pouco inclinadas em direção à fonte da música. As plantas expostas ao rock ficaram altas, porém murchas, com folhas desbotadas e se inclinaram para o lado oposto do rádio.

3. Os Efeitos Nocivos de Lesões Cerebrais
Dos 1,5 milhões de americanos que vivem com lesões cerebrais, todos os anos, cerca de 90.000 deles ficarão com uma deficiência motora ou de fala, em longo prazo. Para o tratamento, pesquisadores usam música para simular as áreas do cérebro que controlam essas duas funções.
Ao receberem um ritmo para andar ou dançar, as pessoas com danos neurológicos, causados por AVC ou doença de Parkinson, podem “recuperar passos simétricos e um senso de equilíbrio.” As batidas da música servem como um palpite ao cérebro para dar o passo.
Da mesma forma, o ritmo e o tom podem ajudar os pacientes a cantar as palavras que não conseguem falar. Um estudo com crianças autistas, que não conseguiam falar, descobriu que a musicoterapia ajudou essas crianças a articular palavras. Algumas delas disseram suas primeiras palavras como resultado do tratamento.
“Estamos apenas começando a entender o poder da música. Não sabemos quais são os limites.” diz Michael De Georgia, diretor do Centro de Música e Medicina dos Hospitais Universitários do Centro Médico Case, da Universidade de Case Western Reserve, em Cleveland, EUA.

4. Ócio Adolescente
As bibliotecas públicas, os shopping centers e as estações de trem já sabem disso: Adolescentes, normalmente, não gostam de música clássica. Na verdade, eles odeiam tanto que “faz com que eles corram para longe como ratos assustados,” diz o LA Times. A teoria é que quando o cérebro ouve algo de que não gosta, ele suprime a dopamina, “a substância química do prazer.” E conforme o humor dos adolescentes piora, eles vão para outro lugar em busca de algo que os anime.
Então, se você quer que os filhos do seu vizinho saiam do seu jardim, aumente o volume do Tchaikovsky.

5. Perda de Audição
Ok, talvez a música não possa curar a perda de audição, mas ela pode ajudar na prevenção. Um estudo com 163 adultos, sendo 74 deles músicos veteranos, fez com que os participantes se submetessem a uma série de testes auditivos. Os músicos veteranos processaram o som melhor que os não-músicos, sendo que a diferenças aumentou com a idade. “Um músico de 70 anos compreendeu a fala num ambiente barulhento da mesma forma que um não-músico de 50 anos,” explica Linda Searling ao Washington Post.

6. Um Coração Partido
Não do tipo causado por rejeição, mas aquele causado por um infarto. Música pode ajudar pacientes em recuperação de infartos e cirurgias cardíacas, ao baixar a pressão arterial, desacelerar a frequência cardíaca e reduzir a ansiedade. Como prevenção, tente escutar músicas “alegres” ou músicas que façam você se sentir bem. Pesquisas afirmam que ouvir músicas que provoquem uma sensação de alegria melhora a circulação e expande os vasos sanguíneos, proporcionando uma boa saúde vascular.

7. Desempenho Esportivo Ruim
Em 2005, um estudo feito no Reino Unido descobriu que ouvir música durante a prática de esportes pode melhorar o desempenho atlético em até 20 por cento. Isso é quase o mesmo estímulo que alguns atletas obtêm com drogas ilegais para melhoria de desempenho, exceto que a música não aparece num teste de drogas. Para melhores resultados, experimente músicas com ritmo acelerado durante um treinamento intenso e músicas mais lentas durante o repouso.

8. Adolescentes Mal-humorados
Num estudo de 2008, o pesquisador Tobias Greitemeyer quis estudar como as letras das músicas impactavam as atitudes e comportamentos dos adolescentes. Para isso, ele expôs um grupo de adolescentes a músicas “socialmente conscientes” com mensagens positivas, como Heal the World, de Michael Jackson. Outro grupo ouviu músicas com mensagens “neutras”. Em seguida, os pesquisadores deixaram um copo de lápis cair “acidentalmente”. O grupo ouvindo músicas positivas não apenas correu mais rápido para ajudar, mas também juntaram cinco vezes mais lápis que o outro grupo.

9. Iliteracia
Um estudo de 2009, ao comparar dois grupos de alunos da segunda série, com características demográficas semelhantes, sugere que aprender música estimula a capacidade de leitura. A única grande diferença entre os dois grupos era que um deles aprendeu notação musical, leitura à primeira vista e outras técnicas, e o outro grupo não. Os dois grupos foram submetidos a testes de literacia antes e depois do ano escolar. Os resultados finais do grupo de controle melhoraram apenas um pouco em comparação com o início do ano, enquanto as crianças que receberam educação musical obtiveram resultados “significantemente melhores”, especialmente em testes de vocabulário.

10. Vendas Fracas de Bebidas Alcoólicas
Você é dono de uma loja de vinhos que sofre com o estoque excessivo de vinhos alemães? Experimente tocar músicas alemãs pela sua loja. Um estudo de 1999 demonstrou que isso causou um aumento nas vendas de vinho alemão e, da mesma forma, tocar música francesa aumentou as vendas de vinhos franceses. Clientes disseram que não tinham ideia do tipo de música que estava sendo tocada.

11. Esnobismo do Vinho
Você já comprou uma garrafa de vinho com uma recomendação de música impressa na garrafa? Bem, talvez os fabricantes de vinhos baratos devam considerar essa tática. Um grupo de pesquisadores diz que certos tipos de música podem “aprimorar” o sabor do vinho em até 60 por cento. Num estudo, consumidores de vinho classificaram o vinho branco como sendo 40 por cento mais refrescante quando acompanhado de músicas “prazerosas e refrescantes” (Just Can’t Get Enough, de Nouvelle Vague, foi a música escolhida). O sabor do vinho tinto foi alterado em 60 por cento por “músicas poderosas e fortes”, como Carmina Burana, de Orff.
“É fácil enganar a língua.” diz Johah Lehrer, ao Wired.

Agora, peço licença, mas tenho um Chardonnay de 8 dólares que precisa de uma ajuda da Tina Turner.